Os Americanos, de Antonio Pedro Tota

Assisti ao filme LINCOLN com minha filha e como a maioria, adorei.  Adoro história.

Sai do cinema muito interessado em saber um pouco mais sobre os Estados Unidos e entender por que os americanos são como são.

Fui até a livraria e felizmente dei sorte de encontrar na prateleira este livro excelente, de um autor brasileiro que não conhecia.  A princípio, tive preconceito para ler a história americana, escrita por um autor dos trópicos.  Claro que tomei cuidado para não ler um marxista falando dos EUA.  Meu interesse não é nem de um lado, nem de outro.  Só história, preferencialmente contada de forma imparcial, o que é muito difícil.

Uma abordagem muito interessante, não só pelo americano, mas pelo americanismo e a americanização do mundo.

Este é um livro rápido, conciso, mas não só de fatos e relatos, e que explica o porquê – como diz o filósofo francês Bernard-Henry Levy – um país “sem nome” (estados unidos) tem esta estranha obsessão pela bandeira.

 

Alguns tópicos da leitura:

  • “Os Estados Unidos são regidos pelo contrato, o Brasil pelo contexto.”
  • As ideias sobre propriedade e individualidade.
  • A religião, os puritanos e as facções do protestantismo.
  • As 13 colônias inglesas da América do Norte e a formação do país.
  • A Guerra da Secessão e a abolição da escravatura.
  • A abolição da estrutura nobiliárquica da sociedade.
  • A constituição e o Bill of Rights.
  • A origem da autoconfiança e soberba dos americanos e o sentimento patriótico.
  • A segurança nacional: essa obsessão americana.
  • As guerras como molas propulsoras da industrialização.
  • A “internet” do século 19 deu-se através da revolução no cosumo pelas vendas por catálogos e entrega por correio para os agricultores americanos.
  • Os presidentes assassinados: William McKinley, Lincoln, James Garfield e Kennedy.
  • A Segunda Guerra Mundial.
  • O New Deal e os Três Porquinhos de Walt Disney: o que havia por trás do Lobo Mau. O Macartismo.
  • O papel do cinema: Nelson Rockefeller, Carmem Miranda e Zé Carioca, a mensagem de Pato Donald x Tio Patinhas.
  • O imperialismo hollywoodiano, a americanização do mundo via Hollywood, a cultura das massas (e claro, as vendas e o comércio).
  • Os valores da classe média: american way of life.
  • Os campos de concentração americanos para japoneses e seus descendentes no deserto.
  • A paranoia anticomunista e o filme Jornada nas Estrelas.
  • A política de contenção da Guerra Fria.
  • O subúrbio e o americano comum.
  • Os americanos topofóbicos.

SINOPSE DA CULTURA:

Quem são os verdadeiros americanos? Sofisticados moradores de Nova York ou jecas da América profunda? Intelectuais vencedores do prêmio Nobel ou truculentos senhores da guerra? Para uns, os Estados Unidos da América são um paradigma da modernidade, para outros, um monstro tentacular imperialista. Gostemos ou não, os americanos são importantes. Todos os dias eles bombardeiam o mundo com filmes, séries de tv, hambúrgueres e Coca-Cola. Suas músicas são ouvidas em todos os continentes. Qual a origem da autoconfiança e soberba dos americanos? E mais, como esse vizinho do norte se tornou o que é?

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1 Resultado

  1. 8 de fevereiro de 2014

    […] muito curioso sobre a história da escravidão nos Estados Unidos.  Primeiro li o livro “Os Americanos” e entendi melhor uma série de coisas.  Mas ainda estava intrigado com uma fala do Lincoln […]

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