África do Sul com os Filhos

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Uma das viagens mais incríveis que fiz foi para a África do Sul com meus filhos, uma menina na época com treze anos e um menino com dez.  Jamais imaginei que eles fossem gostar tanto.

Fiz um relato bastante detalhado, pois inúmeros amigos me perguntaram como foi e me pediram dicas. Algumas fotos:

Como esta semana voltarei para a África do Sul, resolvi relembrar esta grande experiência.

Caso resolva fazer o mesmo, uma ótima viagem e lembre-se: leve seus filhos!

Saudações do Seu Tatão.

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1o. dia: Kruger Park – Sexta feira

Após ter vencido a marginal Tietê sem qualquer problema, duas horas e meia de fila nos aguardavam no aeroporto de São Paulo. Uma hora na fila do check-in, mais uma hora na fila do lado de fora para a Polícia Federal e mais meia hora do lado de dentro. Daí foi fácil, mais uma hora para o embarque e mais uma hora dentro do avião aguardando a pista ser liberada.

Obs.: não se esqueça da vacina de febre amarela.  Nos pediram no Brasil e na entrada da África do Sul.

Excelente, lá vamos nós para Mamma África.  Ou melhor, lá vamos nós voltando para onde tudo começou.

Do alto da minha ignorância sobre o continente esquecido pelo mundo, preferi fazer minha primeira viagem para a África mais conhecida … “a do Sul”.  Sobre este continente me sinto como um gringo tapado, daqueles que no passado afirmavam ser Buenos Aires a nossa capital, e se tinha cobra e macaco na rua, além de mulata e futebol.

Bom, por isso fui para lá: para ficar menos ignorante e aprender que são muitas as Áfricas e estou apenas começando por uma delas.

Oito horas no vôo 1233 da South African Airways, excelente por sinal, e estávamos em Johannesburg.  O aeroporto de lá fez a nossa “rodoviária” de Garulhos parecer um campo de aviação de uma pequena cidade do interior do Brasil. Uma conexão rápida e tomamos um avião para Hoedspruit, rumo ao Kruger Park, mais uma hora de vôo.

Até aqui já deu para perceber a alegria do povo sul-africano. Impressionante como eles conversam entre si.  São umas verdadeiras matracas, desde as policiais na Alfândega. Por alguns segundos, pensei em relembrá-las de que eu estava ali, aguardando… mas boi em terra de estranho é vaca, então melhor aguardar quieto.

Ao sairmos do pequeno aeroporto, saudados pelo guia do hotel, cruzamos a rua e lá estava o portão do nosso hotel:  www.kapama.co.za .  Ufa, chegamos! “- Não !”, disse o guia do hotel. Agora temos 40 minutos nessa estrada de terra até chegarmos ao hotel.  Perfeito, a viagem começava ali.

Na estrada, logo meu filho avisou: “- Papai, pelo tamanho da bosta, o bicho deve ser grande!”.  Sabedoria infantil de grande utilidade.

Em tempo: Logo percebi que, assim como no Brasil, as consequências do Apartheid são profundas: pilotos brancos e comissários negros.

Cansados da viagem, chegamos ao chalé, daqueles típicos da savana africana, de palha, mas muito luxuoso por dentro. Almoçamos e tiramos as primeiras impressões do Kapama River Lodge Game Reserve, uma das muitas reservas do Parque Nacional Kruger, no nordeste do país.  São reservas nacionais e algumas reservas privadas, como por exemplo, a do “pop-star-empresário-aventureiro-louco” Richard  Branson e muitas outras de excêntricos e ricos como esse.

Sim, as reservas têm barreiras e cercas entre elas, o que em um primeiro momento, me frustrou um pouco, com a sensação de estar em um grande simba-safari ou no Disney´s Animal Kingdon Park.  Mas posteriormente percebi que a extensão delas é tão grande, que não havia porque se frustrar. Perguntei para o guia se aquelas cercas tão frágeis segurariam os bichos de transitar de uma reserva para outra e ele disse que ninguém segura os bichos.  A intenção é tão somente para “desencorajá-los” de ir para outro lugar.

Após o almoço, o primeiro safári.  São duas saídas diárias: uma as seis da manhã e outra às quatro da tarde. O nosso guia Jeffrey ficou com a gente todos os dias, inclusive no almoço e no jantar, onde podemos tirar todas as dúvidas dos passeios e outras curiosidades.

Lá vamos naqueles jipões de filme: um negão dirigindo e outro naquela cadeirinha na frente do jipe ou seja lá o que for aquele carro.

Sobre a palavra “negão” já adianto que se trata de irmãos muito gentis, atenciosos, extremamente alegres e realmente preocupados com a nossa diversão. Portanto, me refiro a eles de uma forma muito carinhosa, sem qualquer cunho racista. E claro, são negões mesmo, diferentes dos nossos amigos brasileiros, que são mais chocolates.  Eles são quase azuis.

Primeira lição: não vá na última fileira de bancos destes veículos.  Escolhi aquela pois é mais alta e achei que facilitaria para as fotos.  Não só não é verdade, como tem o problema do mato.  Os caras entram em cada lugar que não dá para acreditar que aquela geringonça não vai tombar.  E tanto na reta, quanto nas manobras no meio do mato, quem fica atrás sofre com as árvores e galhos com muito espinho (não se pode tocar nas árvores e galhos, sob o risco de rasgar a mão, é necessário desviar o corpo o tempo todo).

Durante o trajeto o guia explica as características dos bichos e dos lugares. Isto é bem legal e nada parecido com a Disneyworld (esse era o meu grande medo antes de chegar aqui).  Explicou por exemplo, que a quantidade dos “big Five” (leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante) é controlada.  Caso contrário, se tiver muito leão, vão ter poucos impalas, se tiver muito elefante, não terão mais árvores nos parques, se tiver muito búfalo não tem pasto para os outros e assim por diante. Sim, em alguns momentos, os caçadores têm permissão para abater determinado número de elefantes em regiões específicas.

Não se controla a quantidade de impalas, kudus e alguns outros pois são o alimento para os maiores predadores e atrações dos parques.  Afinal, leão alimentado é mais tranquilo!

Aprendemos que os bichos bebem mais água no inverno do que no verão, pois no inverno o capim é muito seco.

A girafa macho fica careca, o elefante macho tem um calombo na testa, comer cocô de rinoceronte (deixe para lá essa história), o veado chifrudo é o macho e todas as fêmeas são só para ele, o rino sai fazendo xixi e defecando para todos os lados para demarcar território assim quando chega o outro rino macho, vê que o outro já está ali e não entra.

Os elefantes mascam as cascas das arvores e raízes, bem como troncos de árvores pequenas.  Eles torcem as árvores e muitas vezes as derrubam e depois elas secam e morrem.

Vemos muitos outros bichos como cheetah, girafa, zebra, wildebeest, bontebok, springbok além de muitos outros pássaros.

Chegamos em 1º de julho, portanto inverno na África do Sul.  Faz frio à tarde, mas com o sol, tudo fica muito agradável. Diz-se que é o melhor momento do ano para ver os bichos, pois no calor eles se escondem mais.

No primeiro dia, vimos somente um leão e duas leoas.  Acho que foi o foco deste safári.  A cada safári eles direcionam para um bicho, de tal forma que em dois dias, você consiga ver todos os “big Five”. Mas vimos muitos outros bichos.

Ao lado de um leão (uns cinco metros de distância), os guias apagaram todas as luzes do veículo para observarmos a Via Láctea, as 3 Marias e o Orion.  Uma noite linda e acaba sendo um dos pontos altos do passeio.  Mas eu pensava a cada minuto: cacete, mas precisa ser aqui, ao lado do leão?  No escuro?

Às seis da tarde, a temperatura havia despencado e o guia parou no meio do nada, já estava escuro.  Tirou uma mesinha, colocou uma toalha toda arrumadinha, vinhos, cervejas, refrigerantes, aperitivos … e ???  Pessoal, vamos descer para fazer um lanchinho!  Na hora eu perguntei? “- Are you sure? Mas sure mesmo?”.

Bom, quem tem, tem medo e para mim não foi diferente, afinal, a poucos metros dali estávamos observando duas leoas.

A partir deste momento ficou até desagradável, pois o vento frio cortava a pele.  O caminhão, jipe, trator, enfim, aquele veículo não tem parabrisa, nem capota, nem nada.  Chegamos às sete da noite no hotel com uma temperatura muito baixa, não sei de quanto, mas muito frio.

Às sete e meia é servido o jantar.  São cinco mesas, uma para cada grupo.  O grupo é formado pelas mesmas pessoas que ficam com o guia o tempo todo.  E o guia ali conosco, firme e forte, cheio de vontade de conversar sobre o dia, esclarecer as dúvidas e entreter os hóspedes da melhor forma possível.

Mas a verdade, é que nem o excelente vinho sul-africano me animou.  Combinei com as crianças de jantar e voltar para o quarto.  Estávamos exaustos e esse tinha sido somente o primeiro dia.  Muitas outras coisas nos aguardavam, como passeio sobre elefantes, vôo de balão, mergulho com tubarão, etc.

Um parêntese: na primeira metade da vida, achava essa história de “jet lag” frescura.  Mas nesta segunda metade, a diferença de fuso horário tem sido implacável comigo.  Há poucos minutos após começar a escrever, acordei: “Opa, deve estar na hora!”, pensei.  Na hora do quê? São 1:34 hs do horário local, cinco horas à frente do Brasil. Meu corpo ainda pensa que é horário de novela no Brasil, do dia anterior.  E agora para dormir?

O silêncio do lugar é incrível.  Dava para ouvir somente o semi-ronco do meu filho e a respiração da minha filha e o barulho do netbook.  Mais nada.  Um silêncio ensurdecedor!

2º. Dia: Kruger Park – Sábado

Acordamos às 5:15 da manhã.

No safári vimos um grupo de elefantes.  Depois o motorista do Jeep saiu atrás de um leopardo. Também vimos girafas e dois rinos, mas não vimos leões.  Estava muito frio pela manhã, mas nos acertamos nas roupas felizmente (incluindo luvas).

Ao voltar do safári da manhã é servido o café “grande”.  Após este café da manhã de verdade deitamos às 9:30hs e “morremos”. Dormimos até às 4 da tarde e perdemos o safári da tarde.

Antes do jantar ficamos no bar um pouco para fugir de um “mala” que conhecemos.  No jantar sentamos com um casal de Cape Town e foi ótimo pois meus filhos ficaram amigos dos filhos deles e tiramos várias dúvidas do que seria nosso próximo passeio.

3º. Dia: Kruger Park – Domingo

Novamente acordamos às 5:15 da manhã.

Dia de “Elephant Back Safari”.  As crianças amaram este passeio.

À tarde fomos visitar um centro de preservação de Cheethas, o Endangered Species Centre especialmente.  As crianças odiaram. Depois de ver bicho solto, é deprimente ver bicho preso.

À tarde fui ao safári sozinho.  Ambos já estavam cansados.  Vi búfalos, zebras, rinos, um leopardo que havia pegado um veadinho, e um pôr do sol maravilhoso.

À noite o jantar foi servido ao lado de uma fogueira, com piso de areia.  Todos os “Rangers” do hotel estavam junto da gente.

4º. Dia: Kruger Park e Cape Town – Segunda Feira

Nesta última manhã no hotel, não conseguimos fazer o safári nem voar de balão em função do tempo.  Amanheceu nublado e com muito vento (o voo foi cancelado).

Almoçamos e fomos para o aeroporto, pegar o avião para Cape Town.

O sobrevoo sobre a cadeia de montanhas Drakensberg (Blyde River Canyon) é impagável no caminho entre Houispruit a Johannesburg.

Em Cape Town nos hospedamos no maravilhoso hotel Table Bay www.tablebayhotel.com (do grupo The Leading Hotels of the World).

Jantamos no Caffe Balducci no Victoria&Alfred Waterfront.  Neste V&A Waterfront Shopping tem de tudo além de lojas: restaurantes, cinemas, atrações, proximidade ao centrinho e entretenimento a vontade.  As crianças já estavam mesmo querendo um pouco de civilização.

5o. dia: Cape Town – Terça feira

O café da manhã é famoso no The Table Bay Hotel.  O buffet tem uma mesa de uns 40 metros.  Lá encontramos um amigo de São Paulo viajando com seu filho.

Após esta “refeição” matinal, fomos passear nas docas de Victoria Basin, Quay 4, onde decidimos fazer um vôo de helicóptero na www.sport-helicopters.co.za com cerca de 30 minutos de duração.  Os principais pontos desta atração aérea são:  Atlantic Seaboard, Clifton Twelve Apostles, Hout Bay, Chapmans Peak, Noordhoek Beach, Sun Valley, Fish Hoek, Table Mountain, City Bowl and the V&A Waterfront).  Custou R 3450,00 (randis).

Encontra-se a maioria dos programas, passeios e esportes de aventura no Quay 5.

Depois andamos pela agradável North Quay.  Pegamos um ônibus Double Deck de sight seeing em frente ao Two Oceans Aquarium (www.citysightseeing.co.za), muito legal e rodamos a cidade toda.  Pode descer em qualquer parada e voltar ao ônibus que passa a cada 20 minutos. Dão fone de ouvido e a gravação do guia é muito interessante e precisa (várias línguas disponíveis). Fizemos uma volta completa entre duas e sete da noite.

Neste meio tempo, paramos na Camps Bay, uma praia lindíssima (areia muito branca, água cristalina, rochas) e almoçamos em um restaurante ótimo chamado Zenzero na Victoria Road. Além da música e de um ótimo atendimento, ficamos vendo o pôr do sol maravilhoso como sempre.

As praias mais “cool” são exatamente Camps Bay e Clifton.

6º. Dia: Cape Town – Quarta feira

17 graus, dia lindo, nenhuma nuvem no céu.

Fizemos um private tour pela “The Peninsula & Cape of Good Hope” o dia todo.

Pegamos uma van da companhia www.daytours.co.za (full day tour: saímos as nove e chegamos às 6 da tarde – são 65 km para ir ate lá, por R 3.270,00 total para três pessoas).

Os highlights foram: Clifton&Camps Bay, Twelve Apostles, Lllandudno, Hout Bay & Seal Island Cruises ( www.drumbeatcharters.co.za ), Chapmans Peak Drive, Noordhoek, Ostrich viewing ( www.capepointostrichfarm.com ), Cape of Good Hope ( www.tmnp.co.za ), Cape Point (watch baboons), Penguin colony at Boulders Beach, Simons Town (Boulders Beach and the penguins), Muizenberg, Constantia, Kirstenbosch Botanical Gardens.

A Chapman’s Peak Drive é estonteante.  Uma estrada pendurada nos penhascos, entre Noordhoek e Hout Bay do lado do oceano atlântico. É uma das estradas mais espetaculares que eu já conheci, ao lado claro da avenida Niemayer no Rio de Janeiro.  São nove quilômetros e 114 curvas (não contei, mais dizem que é isso).

Jantamos novamente no Caffe Balducci no Victoria & Alfred Waterfront por R720,00 com muita comida e tudo incluso inclusive gorjeta.  Isto dá uns 110 dólares (com bebida, sobremesa, entrada, salada e prato principal).

7º. Dia: Cape Town – Quinta feira

Após o café, descobrimos que o concierge não havia nos dado o endereço do horse-back riding e o taxista não sabia onde era.  Depois de muita confusão, chegamos ao meio dia no www.horseriding.co.za .  Chama-se Imhoff Equestrian Centre’s em Noordhoek Beach.

Lá também é possível fazer passeio de camelo (Camel Rides).

Ao voltar para a cidade fomos ao Two Oceans Aquarium.

Almoçamos ou jantamos (às 6 da tarde) no Quay 5 do V&A, restaurante www.sevrugra.co.za . Muito bom.

Hoje cheguei a conclusão de que realmente eu não deveria ter alugado um carro, como realmente não fiz.  Acabei fazendo os programas com vans e taxis.  Foi muito melhor.

Obs.: Na mesma proporção que São Paulo, onde a maioria dos carros são pretos e prata, Cape Town é a cidade dos carros brancos.  Just amazing!

8º. Dia – Cape Town – Sexta feira:

Primeiro programa: Cable car to Table Mountain, com subida para o teleférico à “montanha da mesa”. No primeiro dia que chegamos estava fechada com ventos de quase 30km/hora e a previsão do melhor dia (mais quente e menos vento) era para hoje mesmo.  Tem que ir em um dia limpo, caso contrário não se vê nada lá de cima.

O dia estava quente fomos só de camiseta. Subimos às 12:30hs e voltamos as 15:30hs, ao contrário do que pensei lá em cima é legal e dá para passear, comer bem no restaurante, curtir a vista.

Todos nos disseram que foi uma sorte enorme termos pego uma semana sem chuvas, em se tratando do mês de julho.  Como disse, hoje ficamos de camiseta somente em cima da Table Mountain.  Meu amigo e seu filho, na mesma semana, pegaram -2º C e muito vento.

Impressões de Cape Town

  • Parece que todo mundo gosta de correr em Cape Town.  Durante o dia, a quantidade de mulheres correndo é incrível, e ainda naquelas “pirambeiras” todas. Além dos corredores os ciclistas. Aqui tem corridas famosas como a Two Oceans e volta na ilha de bike (110 km).
  • O desemprego em 2011 estava em 24%. Um monte de gente nas esquinas pedindo emprego.
  • Os ambulantes que grudam, como em qualquer outro lugar do mundo. Aonde você chega, já vem vários querendo vender alguma coisa.
  • O sotaque dos sul africanos negros é muito característico.  São 10 línguas oficiais além do inglês, e a mais conhecida é o africano, derivado da língua holandesa.
  • As praias mais chiques são Clifton e Camps Bay, onde se vê um por do sol maravilhoso. A água é cristalina e sempre é menos gelada no inverno (sim, no inverno!).
  • A história do Distric 6, a morte das crianças em 1974, o referendo em 1994 com o presidente De Clark, enfim, a história da África do Sul é muito triste neste período de Apartheid.
  • O lado mais sofisticado é a costa do Atlântico.  Voltando de Cape Point, pelo litoral do False Bay já é mais feio.
  • Eu não vi nenhum mosquito, nenhum um pernilongo, nenhum inseto em julho na África do Sul.
  • É difícil ver moreno em Cape Town. Geralmente, ou é negro azulão ou loiro de olho azul.
  • As ruas são limpas, o trânsito é organizado, os jardins são bonitos, tudo é bem cuidado. Pouca poluição na cidade em todos os sentidos, incluindo a poluição sonora e visual.
  • Muita música nas ruas, muitos grupos de dança e canto (em lugares e horários apropriados).
  • O planejamento da ocupação urbana é sensacional. Difícil ver as favelas como no Rio de Janeiro. Poucos prédios na cidade, a maioria no centro, mas fora isto os prédios são com andares baixos.
  • É difícil para um brasileiro falar isso, mas com certeza absoluta as praias são bonitas como as mais belas do Brasil.  Eu só fico pensando se não são mais bonitas ainda!  Água cristalina, areia branca e fina.
  • A hospitalidade, gentileza e alegria do povo são características contagiantes.
  • As bicicletas nas estradas e nas ruas … em todos os lugares o tempo inteiro … muito esporte de aventura, muitas opções.
  • O aeroporto é um show e foi construído para a Copa do Mundo de 2010, parece um shopping, tudo novinho.
  • A maioria dos nomes das ruas, rodovias, dos lugares, dos bairros, etc., são nomes holandeses.
  • A Chapman’s Peak Drive é surreal.  Uma coisa de louco.  Um pedaço como a avenida Niemayer no Rio de Janeiro, só que tem uns 14 quilômetros.  Uma estrada pendurada no penhasco.
  • Tem muito indiano, muito chinês e muito muçulmano.
  • Apesar da minha sensação de tranquilidade na Cidade do Cabo, todas as casas têm cerca elétrica e câmeras. É algo que chama a atenção.
  • Em geral tudo é mais barato, destacando-se a alimentação em geral.  Os eletrônicos também são mais em conta do que no Brasil (um iPad entre 20 e 30% mais barato).

Outras anotações sobre Cape Town:

  • Em Cape Town não fui às vinícolas, pois estava com as crianças, apesar de terem recomendado a Spier, que além de vinícola, tem vários programas para elas.
  • Perdi o mergulho com tubarões ou “Shark Cage Diving” (www.whitesharkprojects.co.za): infelizmente não fomos neste programa tão recomendado por quem já fez.  Ficará para a próxima, pois é um programa para o dia todo, com umas duas horas e meia a três horas até lá (pela highway, pois pelo litoral é bastante demorado, apesar da visão do litoral).  Talvez até dormir na cidadezinha de Hermanus, onde a dica é o hotel www.auberge.co.za.  Esta atração fica há 20 minutos a frente de Hermanus, em Gansbaai.
  • Também não fomos fazer o whale watching, pois julho não é época.  O bom é em setembro.
  • Para quem quer ver pobreza, sim é um programa assim como na Rocinha no Rio de Janeiro, existem algumas townships (favelas) como Langa e Khayelitsha.
  • Também não visitamos a Robben Island, onde Nelson Madela ficou preso por 27 anos.

9o. dia: Sábado – Johannesburg

Como de costume, sai do aeroporto com a máquina no colo.  Mas nenhuma foto foi tirada até o caminho do hotel.  Nada a registrar.  “Joburg” é uma cidade feia, como na chegada a São Paulo (nada de mais, nada de menos).

Chegamos ao Gold Reef City Theme Park Hotel (www.goldreefcity.co.za), tem parque de diversões e casino.  Só fizemos o check-in e partimos para o Lion Park (www.lion-park.com) que fica a 30 minutos do hotel.   Lá as crianças podem passar a mão nos filhotes de leão.  Valeu o passeio.

Depois passamos por Soweto, vimos a casa de Nelson Mandela.  É um lugar de “peregrinação”, muito turístico.  No caminho, desviamos para meu filho conhecer o Soccer City, o estádio da Copa do Mundo de 2010.

O Apartheid Museum (http://www.apartheidmuseum.org) é um show a parte.  Um lugar super moderno, bem feito, com um arquitetura legal.  Vale a pena ir para para Joban só por isto.

À noite fomos ao Casino.

O dia que seria perdido, pois não é recomendado vir para Johannesburg, foi na verdade muito bem aproveitado.

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Espero que as dicas sejam valiosas para você e sua família.

Novamente, um grande abraço do Tatão.

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