Niilismo e Negritude, Célestin Monga

O livro “Niilismo e Negritude”, do escritor camaronês Célestin Monga, pela editora Martins Martins Fontes. O ensaio mostra, sem exotismo, visões africanas da arte de viver e convida o leitor a trilhar as formas de invenção do amor-próprio, as maneiras de encarar a felicidade, os labirintos da moral, os mistérios da estética musical, os meandros da fé religiosa, os dilemas da violência ou a filosofia da morte.

Mas não se trata de um texto dogmático. Configura os imaginários da África atual: do absurdo pitoresco da vida cotidiana à economia política do casamento, da filosofia dos cardápios e dos modos à mesa até os usos do corpo. Esse formigar de histórias e de ideias mostra diversas formas de niilismo e de negritude, esboçando a hipótese de uma ética do mal.

Célestin Monga, escritor da República dos Camarões e alto funcionário do Banco Mundial, é um dos mais importantes pensadores africanos. Tornou-se popular após criticar o presidente camaronês em um artigo que escreveu para o jornal Le Messager, o que lhe rendeu sua prisão e vários protestos pelo país. Por vários anos, ele escreveu artigos para jornais, principalmente fazendo críticas à política camaronesa. É também autor “Um Banto em Washington”, a ser lançado pela Martins Martins Fontes também em 2010.

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