Cheguei ao Oceano Pacífico – 7º dia

Dia 07 – Viagem do Atlântico ao Pacífico
3 de março de 2011


De San Pedro de Atacama (CHI) a Antofagasta (CHI)

Dormi bem neste hotelzinho, mas é incrível como minha boca secou, ou melhor, colou à noite. Impressionante a diferença, até parece que estou no deserto! Hoje não consegui enviar nada para o blog, pois a conexão de internet não estava funcionando.

Saí às 10h30, com bastante sol, mas fiquei sem entender nada. Estava no meio do deserto e ainda às onze da manhã a temperatura era de 12 graus! Que raio de deserto frio é este no meio do dia?

Entrei em Calama para abastecer e neste trecho me superei.  Foram 19,7 litros em um tanque de 20. Sobrou só o cheiro da nafta lá dentro. Não foi irresponsabilidade, afinal estou no deserto e não posso vacilar assim. Foi preguiça mesmo, pois como não desgrudei mais do meu galãozinho de gasolina, estava tranqüilo.

De Calama, segui para Tocopilla. Finalmente avistando o Oceano Pacífico.  Que maravilha e que contraste. Gira a cabeça para trás, deserto! Olha para frente, o mar. Show de bola!

Almocei em um restaurante muito bom na praia, só que comi tanto, que mais tarde deu bastante sono. Se alguém pensa que em cima de uma moto você não consegue ter sono, está muito enganado: é como carro, tem sono igual, dorme igual, pesca igual! Dança igual.

Mas os 150km de Tocopilla para Antofagasta, dos quais uns cem deles colados ao mar, são um espetáculo à parte.  Haja concentração (sério, eu fiquei tão embasbacado que perder a mão ali não era nada difícil).

Mas o que judiou foi o vento vindo do mar (pelo lado direito), que me jogava para a outra pista o tempo todo. Claro, vento é normal andando de moto.  Mas excesso de vento cansa bastante.

Uma pergunta: Você já experimentou mascar chiclete com capacete? Pois é, dá uma dor na mandíbula, perto das orelhas (é sério, acho que pela compressão do capacete temos que fazer mais força com a boca).

E você já dormiu com capacete?  Não? Eu já, lá na casa do Paulo Andre, em Juquehy, mas deixa prá lá, isso é uma outra história, nada edificante. (Mas o capacete não tinha filmadora em cima, o que facilitou.)

Resolvi esticar um pouco e conhecer hoje o que faria somente amanhã. A escultura “Mano Del Desierto”, feita em 1992 por Mario Irarrazabal. Essa parada é meio emblemática para todo cara que viaja de moto para o Deserto do Atacama. Não vir aqui é como correr uma maratona e não pegar a medalha. Localização: Ruta 5, quilômetro 1.308 (uns 70 km abaixo de Antofagasta, rumo a Santiago).

No meu caso, ao final deste dia e neste ponto, chegará à metade da viagem.  Até aqui foram 4.140 quilômetros muito bem rodados.

Cheguei a Antofagasta às oito da noite, a tempo de ver um por-do-sol lindo. Estava cansado e querendo chegar logo ao hotel, mas não tive dúvida.  Parei a moto, fui para a praia e lá fiquei por uns 20 minutos.

O GPS me pregou uma peça (uma coisa muito louca). Coloquei o endereço certo do hotel. “Ele” de fato me levou para um hotel.  Desci e fui fazer o check-in, mas minha reserva não estava lá.bQue saco, já fiquei de bode. Foi quando me dei conta de que aquele não era o hotel, nada a ver…

Voltei, conferi o endereço que havia digitado e era um lugar totalmente diferente.  Agora sim, cheguei onde queria, mas perguntando para as pessoas e sem o safado do Garmin caçoando de mim.

Antofagasta me impressionou muito bem.  Cidade média bonita, bem arrumada, prédios e construções modernas, movimentada.

images (7)

RESUMO DO DIA:

03.03.2011 – Quinta feira
Saída do hotel:  10h50min. – Chegada às 20.50 h.
San Pedro de Atacama (CHI) – Tocopilla (CHI) – Antofagasta (CHI)
596 km rodados – Odômetro na origem: 10.130 km
Clima:  Muito agradável, mas muito vento do mar
Altitude no destino:  Nível do mar.
Acontecimentos:
Hotel Holiday Inn Express Antofagasta
Avenida Grecia, 1490
http://www.holidayinnexpress.cl
Tel: 56-55-22 8888 – Fax: 56-55-28 5457

Compartilhar

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

(Spamcheck Enabled)