O português e a Internet – 3º dia

Dia 02 – Viagem do Atlântico ao Pacífico
26 de fevereiro de 2011

Na pré-história diziam que a internet afastaria as pessoas, todos ficariam mais isolados, virtuais e distantes. Aqui estou, tentando abrir as cento e oitenta mensagens que recebi hoje!

Tudo sobre a viagem. Pessoas queridas, pessoas que jamais conheci. Amigos afastados, amigos próximos, novos amigos. Oportunidade até para se reconciliar com alguns inimigos que aproveitaram a oportunidade e fizeram contato. Mas na verdade é oportunidade para mim, que jamais quis e jamais cultivei um inimigo (mentira, um ou dois eu cultivo com prazer).

Mas o português. Por que falamos português?

Que saco! Do alto da minha ignorância, não falo espanhol. Quebro bem o galho em inglês. E confesso que não gosto da fonética da língua de los hermanos. Mas seria tão mais fácil para todos nós se falássemos espanhol! Nós e uns africanos somente na língua dos lusíadas (ah claro, e uns
perdidos lá na Ásia). Nada contra os fundadores do mundo na Mamma África, acho a língua rica e fluente, mas quando você está em uma situação boba, como passar a fronteira e ter que trocar doze palavras em espanhol, não entender é chato, né? Seria muito mais fácil se no Brasil fosse o espanhol como em toda a América Latina, Espanha e, claro, como em metade dos EUA, cuja moeda já é o peso americano!!! Ora pois, contentemo-nos com a realidade.

Mudando de assunto

Você já esteve em uma situação onde o lugar não combina com a realidade da cidade? Pois é, eu estou num destes momentos, ou lugares, ou alucinações.

Corrientes é uma cidade no norte da Argentina, onde a possibilidade de sofisticação é zero. Não vou jurar, pois detesto religião, mas estou em um hotel onde poderia me sentir em qualquer cidade bacana do mundo (ainda não o conheço por inteiro, mas já estive em 36 aldeias… ou 36 países). Essa localidade é uma cidade como Itapetininga ou Araçatuba. Desculpe-me por citar os exemplos, mas no La Alondra – Casa de Huespedes você se surpreende e acha que tem alguma coisa errada, que erraram o local da construção.

Alguns agradecimentos

Zapeando mais uma vez. Impossível nestes momentos não lembrar das pessoas que me ajudaram a chegar aqui nesta viagem (vai, sem drama… até parece que é algo muito fantástico. Qualquer um de carro, pelo menos, pode fazer). Fazendo um H com a maior cara de pau do mundo, em primeiro lugar quem mais me ajudou foi minha mulher! Claro, ela me
deixou vir!!! Ah, que mulher a minha. Amélia? – Nada, ela é pragmática apesar de odiar quem queimou os sutiãs. Mas como qualquer outra de sua espécie, impõe as suas condições e, em alguns aspectos, haja negociação! (um beijo querida!).

Está tudo correndo tudo tão bem com a viagem e talvez não seja hora ainda de agradecer aos que me ajudaram. Mas me lembrei de todos. Um domingo à tarde fui à casa do Michelito abrir todas as malas de viagem de moto dele. Ver detalhes. O Décio Kerr Oliveira me orientando como um tutor nos e-mails. O Ricardo Generali que me atendeu por duas longas horas (Dinners, isto não tem preço), … hã … o Celso, conterrâneo que conheci na General Osório, no centro, e depois trocamos dezenas de mensagens, e tantos outros, anônimos ou não, que me ajudaram. Claro: o Glauco da Caltabiano, o Policarpo Jr, o Guilherme Lunardelli da BMW Caltabiano, o Eduardo do Rotaway, o Sérgio Aronis do Clube Dentalis, estes últimos compartilhando os textos e imagens em seus canais de divulgação.

Nossa, sobrou tanto assunto de hoje. Aliás, sobrou tudo. Vou poupá-los. Good night my friends and thanks for supporting me !

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3 Resultados

  1. Chris disse:

    Fábio… seja o herói da sua própria jornada!! Estou amando seus relatos…

    bj, Chris

  2. Guilherme disse:

    Grande Fábio!
    Sou mais um dos que saboreia cada palavra, cada comentário e impressão sobre o que vai acontecendo nesta sua aventura. A leitura do seu diário é mais um incentivo para todos nós que queremos escrever o nosso próprio um dia. Portanto, ânimo ai para escrever bastante enquanto descansa o traseiro de mais um dia maravilhoso sentado sobre esses poucos centímetros de banco.
    Grande abraço, e muita VidaVivida!
    Guilherme

  3. Marcio Algranti disse:

    Pô! Corrientes num é sofisticada??? Cuidado con los argentinos!!

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