Cidades e Passeios no Caminho para o Atacama

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Através de Foz do Iguaçu, podemos entrar na Mesopotâmia Argentina (uma das 6 regiões do país, além da Noroeste, Chaco, Cuyo, Pampa e Patagônia).  Esta região tem este apelido pois é dominado pelos grandes rios Paraná e Uruguai (em grego significa “a terra entre rios”). O primeiro passeio natural desta rota são as cataratas do Iguazú, no Parque Nacional Iguazú.

As melhores praias estão  estão em Rosário (maior cidade da região), Colón e Gualeguaychú, na província de Entre Rios, próximo a Buenos Aires.

Neste roteiro, vamos passar somente pelo norte da Argentina, começando pela província de Missiones, acompanhando o Rio Paraná desde Puerto Iguazu até Resistência (o rio percorre quase quatro mil quilômetros).

Veja aqui uma relação de hotéis de toda a região.

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PUERTO IGUAZÚ

Província de Misiones

http://www.welcomeargentina.com

Está situada na região conhecida como “Três Fronteiras”, separados pelo Rio Iguaçu. Do lado brasileiro, fica Foz do Iguaçu, no Paraguai está Ciudad Del Este e na Argentina, Puerto Iguazú.

O atrativo da região são as Cataratas do Iguaçu, patrimônio mundial da Unesco e abrigam uma das maiores belezas naturais do planeta.  O nome “Iguazú” vem do guarani e significa “água grande”. A Garganta Del Diablo é a maior e a mais espetacular das cachoeiras (altura de 80 metros).

 

 

 

 

 

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SAN IGNACIO MINÍ

Província de Misiones

Patrimônio mundial da Unesco, as ruínas jesuítas são as mais belas e as maiores das seis ruínas que restam das missões jesuítas-guaranis fundadas no século 17.  A entrada do sítio é pelo Centro de Interpretación.

 

 

 

 

 

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POSADAS

Província de Misiones

http://www.posadas.gov.ar/

Capital da província de Misiones, na fronteira com o Paraguai, é uma cidade de médio porte para os padrões argentinos, mas sem muito interesse turístico.

As Missões (misiones ou reducciones) foram criadas pelos jesuítas na área que hoje corresponde à zona fronteiriça entre o Estado brasileiro do Rio Grande do Sul e o território da Argentina, com o intuito de converter os índios guaranis ao cristianismo.

 

 

 

 

 

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CORRIENTES

Província de Corrientes

http://www.ciudaddecorrientes.gov.ar/

A cidade remonta a 1558 e  abriga uma arquitetura colonial e do século 19. A avenida Costanera é um bonito calçadão à beira do rio Paraná.

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RESISTÊNCIA

Província do Chaco

http://www.mr.gov.ar/

Cidade mais populosa do Chaco e o seu principal centro administrativo, econômico e cultural. É conhecida como “Museu ao ar livre” e “Cidade das esculturas”, pelas mais de 500 obras exibidas em suas ruas e parques. É conhecida por sua famosa Bienal Internacional de Escultura.

Uma das atrações de Resistencia são os seus museos.

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O Noroeste Andino (NOA)

A paisagem desta região é marcada por profundos cânions de todas as cores, grandes lagos salgados e pradarias queimadas pelo forte sol subtropical. Com o passado pré-colombiano e colonial, o Noroeste tem muitas referências preservadas em meio a um cenário de desertos e montanhas.

Com a chegada dos espanhóis em 1500, algumas tribos se deslocaram e muitas acabaram extintas.  Os padres jesuítas, que chegaram no século 16, tiveram um papel importante na criação de cidades como Santiago Del Estero, Tucumán, Córdoba, Salta e Jujuy.

Clima e Temperatura em fevereiro e março ! (clique aqui)


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SANTIAGO DEL ESTERO

Província de Santiago Del Estero

http://www.santiagociudad.gov.ar/

Fundada em 1553, Santiago Del Estero é a cidade mais antiga da Argentina. Grande parte da arquitetura colonial está danificada.

A cidade tem uma tradição musical porque ali nasceu a chacarera, um dos ritmos populares mais exuberantes do país em meados do século 19.  Outro ritmo foi a dança folclórica é a zamba.

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TERMAS DO RÍO HONDO

Província de Santiago Del Estero

Localizada às margens do Río Dulce, Terma de Río Hondo é a maior cidade balneária da América Latina. A água que brota de sua fontes é rica em minerais e tem propriedades curativas.

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SAN MIGUEL DE TUCUMÁN (TUCUMÁN)

Província de Tucumán

http://www.sanmigueldetucuman.gov.ar/

http://www.tucumanturismo.gov.ar

A maior cidade, e a mais importante economicamente, a noroeste da Argentina é a San Miguel de Tucumán, localizada no Valo do Río Salí, a leste de Sierra de Aconquija.

Tem uma população jovem e vida noturna vibrante.

Por causa da latitude e da baixa altitude, Tucumán tem um clima abafado e quente que no verão pode alcançar temperaturas superiores a 35ºc. Embora por si só Tucumán não tenha atrativos para justificar uma visita, é um ótimo ponto de partida para visitar o Noroeste (NOA) Argentino.

Uma das mais belas viagens que você poderá fazer no país vizinho, é percorrer o noroeste argentino, indo de Tucumán à Quebrada de Humahuaca.

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TAFÍ DEL VALLE

Província de Tucumán

Um concorrido destino de fim de semana nos tórridos meses de verão, a cidadezinha de clima agradável às margens de uma represa.  O caminho é cheio de curvas e bandenes (valetas). Se você curte fotografar, deixe a máquina à mão: as paisagens o deixarão de boca aberta.  A estrada é estreita, em uma floresta tropical de rara beleza, com cachoeiras e abismos.   Prosseguindo, quase que repentinamente, a floresta desaparece e você desemboca num vale a 1.976m sobre o nível do mar, de vegetação raquítica, tendo no centro um enorme lago artificial (“Dique La Angustura”).

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QUILMES

Província de Tucumán

Um dos mais importantes e bem preservados sítios arqueológicos da Argentina, as ruínas de Quilmes são os últimos vestígios de uma cidade fundada pela tribo pré-incaica homônima no século 9 d.C. A intenção original era servir de proteção contra o avanço das incursões dos incas.

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CAFAYATE

Província de Salta

Considerada uma das cidades mais belas da Argentina, Cafayate é uma parada natural para quem vai a Valles Calchaquíes ou está viajando até Salta.  A cidade foi erguida no ínicio do século 18 por missionários franciscanos.

Você atravessará uma região rude e acidentada, mas com vistas magníficas, marcadas pela presença de cactos gigantes e rios largos, na maior parte do ano completamente seca.

Cafayate é uma cidadezinha muito agradável (bem interiorana) e vale a pena a visita as vinícolas de região, a Quebrada de Cafayate e as cidades dos Valles Calchaquíes. O maior dos belos vinhedos é o Finca La Rosa.

À noite é bem interessante: uma praça central, todo mundo andando pelas ruas e calçadas, onde estão os restaurantes e bares.

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QUEBRADA DE CAFAYATE

Província de Salta

Seguindo para Salta você atravessará a Quebrada de Cafayate (ou Quebrada de las Conchas) e suas impressionantes dunas, gargantas de pedra e formações rochosas. Garganta Del Diablo, um canyon profundo e estreito.  Outras formações rochosas levam nomes curiosos, como El Sapo, El Fraile, El Obelisco, Los Castillos e Los Médanos.

A Quebrada de Humahuaca é que tem o título de Patrimônio Mundial da Unesco, mas quem conhece o Noroeste da Argentina sabe que os barrancos vermelhos de Cafayate são igualmente memoráveis.  Seus paredões são uma verdadeira explosão de vermelhos, ferrugem e marrons. O rio Conchas atravessa o vale e as formações rochasas que mais se destacam são Los Médanos (As Dunas) e El Obelisco.

Uma boa estrada asfaltada, a Ruta Nacional 68, atravessa os paredões, ligando Cafayate a Salta, passando pelo Parque Nacional Los Cardones (cacto gigante de até 5 metros de altura, cuja madeira era usada para acender o fogo e fazer móveis).

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SALTA

Província de Salta

“Salta La Linda”. Alcunha “La linda” é merecida. Cheia de cafés, restaurantes, parques e construções históricas. Salta é uma cidade muito graciosa e agradável.  O famoso Tren de las Nubes teve seu serviço suspenso em 2006.

Salta é uma cidade argentina, capital da província de Salta, com cerca de 460.000 habitantes e uma das mais importantes cidades do noroeste do país.

Localizada a leste da cordilheira dos Andes, 1.187m acima do nível do mar, centro de uma importante região agrícola (principalmente na produção de grãos): milho, tabaco, cereais, cana de açúcar, etc.,

Famosa por sua arquitetura colonial, em anos recentes se converteu em um importante centro de turismo além de famosa região vinícola Argentina. O artesanato é uma atividade tradicional dos povos da região desde os tempos pré-colombianos.

Alguns lugares para se visitar: Plaza 9 de Julio, Catedral, Museo Historico Del Norte, Cerro San Bernardo, entre outros.

À noite é sensacional! A calle Balcarce possui mais de 50 bares e restaurantes! Depois das 22:00 hs a rua é interditada transformando-se num imenso “calçadão” onde é possível jantar e se divertir, desde programas mais tradicionais (dança e folclore Argentino), e casas mais “descoladas” no embalo de Jazz ou Rock.

Beneficiados por longas horas de sol e banhados pelos riachos formados pelas chuvas que caem nos altos picos a oeste, os vinhedos de Salta talvez estejam entre os mais belo do mundo.  Aqui prosperam as uvas cabernet sauvignon e malbec, bem como chardonnay e chenin.

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SAN SALVADOR DE JUJUY, ou Jujuy

Província de Jujuy

www.turismo.jujuy.gov.br

Apesar de seus encantos, Jujuy não se compara a Salta.

É a cidade mais alta do país, localizada a 1.270 m acima do nível do mar e banhada pelos rios Grande e Xixi Xibi, a cidade tem um agradável clima temperado.

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PURMAMARCA

Província de Jujuy

O pitoresco vilarejo de Purmamarca é, de longe, a mais charmosa das três principais cidades minúsculas (as outras são Tilcara e Humahuaca) e fica na RN 52, toda asfaltada, que leva à fronteira com o Chile, atravessando parte da Puna argentina e as Salinas Grandes, um enorme campo de sal.

Deve sua fama à montanha que se ergue atrás dele, o Cerro de los Siete Colores, “cartão postal” da Quebrada.  O Paseo de los Colorados, é uma trilha que pode ser percorrida a pé ou de moto, é um ótimo lugar para apreciar os deslumbrantes e variados tons dos morros.

O melhor visual é ao nascer do sol e uma estrada sinalizada leva o visitante a um mirante, na saída da cidade.

Entre Purmamarca e Susques, começa a Cuesta de Lipán, onde estão localizados os famosos Caracoles, trecho de aproximadamente 65 km com muitas curvas.

Purmamarca é uma cidade inacreditável. Encravada num vale de montanhas coloridas, é basicamente toda construída em adobe. Suas casas são todas marrons, cor de barro, mas quando os artesãos locais apresentam seus produtos, tudo fica bem colorido para combinar com as montanhas da Quebrada de Humahuaca.

O passeio começa aqui. E o principal motivo para dormir na cidade, é a adequação à altitude. Na travessia de Paso Jama, subimos de 2 para 4 mil metros de altitude.

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QUEBRADA DE HUMAHUACA

Província de Salta

É um fenômeno geológico, um cânion impregnado de história.

Á medida que a estrada começa a subir depois de Purmamarca, são revelados os paredões multicoloridos do vale do Río Grande.

A primeira vila é Posta de Hornillos.  Depois vem Maimará é um vilarejo aninhado na montanha chamada Paleta do Pintor.

Tilcara é a mais “agitada” das cidades da quebrada, sendo o artesanto o ponto forte.

Outro vilarejo tranqüilo é Uquia, concentrado em torno de uma praça com a igreja de  San Francisco de Paula.

Humauaca tem casas de adobe e paredes brancas e muitas lojas de artesanato.

O vilarejo de Iruya tem ruas de pedra e parece perdido no tempo e quase fronteira com a Bolívia, a 2.780 m acima do nível do mar.

A  viagem é especialmente bela pela manhã e no fim da tarde, quando o oeste é iluminado pelo sol nascente e o leste mergulha no pôr do sol, ressaltando os laranjas e vermelhos das montanhas.

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SUSQUES

Província de Jujuy

A 195km de Jujuy, Susques no meio da puna, é a última cidade da Argentina antes da fronteira com o Chile, um povoado indígena todo construído em tijolos de argila, a 3.600 m de altitude.

Sua igreja colonial coberta de sapé merece uma olhada … e é só. O mais interessante é o trecho da estrada entre as Salinas Grandes e Susques, com seus rebanhos de lhamas.

A temperatura cai bastante durante a madrugada.

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PASO DE JAMA

 

Cruzando a fronteira para o Chile, está o Paso de Jama, nome desse caminho que atravessa a cordilheira, é nada menos que espetacular. Pelo noroeste argentino tem-se acesso, via RN 52, ao Chile, chegando a San Pedro de Atacama. Os que se ressentem dos efeitos da altitude devem se prevenir. Um bom trecho da estrada está situado numa altitude superior a 4.000m.  Agasalhe-se bem, mesmo se for no verão.

Todo asfaltado, bem sinalizado:De Susques a fronteira são 125km e de lá até San Pedro mais 175 km,e é bem deserto (literalmente). A primeira parte, na Argentina, é bem sinuosa e íngreme, uma vertigem só! Já a segunda é bem menos acidentada e cheia de subidas e descidas praticamente retas. As vicunhas e lhamas estão por toda parte. Vê-se o vulcão Licancabur (que fica na Bolívia, bem perto) e lagos de degelo.
A chegada em San Pedro parece um tobogã. Em poucos quilômetros, a gente desce mais de 2.000 metros. Um caminho que todo mundo deveria passar pelo menos uma vez na vida (mesmo que não seja de moto).

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SAN PEDRO DE ATACAMA

www.sanpedroatacama.com

O deserto do Atacama está localizado na região norte do Chile com cerca de 200 km de extensão e é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo, pois chove muito pouco na região, em conseqüência das correntes marítimas do Pacífico não conseguirem passar para o deserto, por causa de sua altitude. Assim, quando evaporam, as nuvens úmidas descarregam seu conteúdo antes de chegar ao deserto, podendo deixá-lo durante meses sem chuva. Isso o torna de aridez incrível.

As temperaturas no deserto variam entre 0ºC à noite e 40ºC durante o dia. Em função destas condições existem poucas cidades e vilas no deserto, uma delas muito conhecida é San Pedro do Atacama ou São Pedro do Atacama que tem pouco mais de 3.000 habitantes e está a 2.400 metros de altitude por ser bem isolada é considerado um oásis no meio do deserto e o principal ponto de encontro de viajantes do mundo inteiro, mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e aventureiros.

Apesar de pequena e isolada no coração do deserto mais árido do mundo, San Pedro possui uma vida agitada, mesmo depois da meia noite, os bares e restaurantes ficam lotados com pessoas conversando e planejando o dia seguinte

Era primeiramente habitado pelos atacamenhos, povo da região juntamente com a civilização dos nativos aymaras, ambos deixaram um legado inestimável em termos arqueológicos, daí o seu nome deserto do Atacama.

Há importantes manifestações de arte rupestre pré-colombianas na região, é o berço de uma das maiores esculturas de figura humana feita na pré-história, o Gigante do Atacama.
Confira neste blog:

http://www.vidavivida.com.br/2010/12/19/segredos-do-chile-na-revista-viagem/

 

 

Valle de La Luna

A 12 km de San Pedro, localizado na Cordillera de Ia Sal, o Valle de Ia Luna é uma extensão de terra e areia avermelhadas com formações rochosas singulares, como as Três Marias, um rochedo de três pontas, e outras vistas impactantes. Parte do solo é coberto de sal branco, o que dá ainda mais a impressão de estar em um ambiente não terráqueo.  O entardecer é um momento especial, quando as cores ficam ainda mais fortes e belas. Na grande cratera central há uma impressionante duna de areia, onde um estreito caminho em seu topo leva a um dos mais concorridos miradores. De lá, pode-se ver o pôr-do-sol no céu magenta, em meio aos vários picos andinos. A noite também é bela no vale. O brilho da lua reflete no chão de sal e as sombras são fortes e bem definidas no solo, como se fosse dia. Aos que têm mais tempo, chegar lá de manhã e passar o dia vendo a mudança de cores e sombras até a noite é um excelente programa. É um dos locais que mais atraem turistas em San Pedro. O acesso se dá por carro, bicicleta ou passeio organizado das agências.

 

 

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Aldea de Tulor

Próximo ao Valle de Ia Luna, a sudeste, Tulor é um conjunto arquitetônico de recintos circulares, habitado entre 800 a.C e 200 d.C pelos antigos povos atacamenhos. Com extensão de 1 km, essas habitações estão hoje a 1 metro abaixo do nível do solo, formando um interessante padrão de círculos no deserto. Chega-se de bicicleta, carro ou tour.

 

 

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Valle de La Muerte

Também na Cordillera de Ia Sal está o Valle de Ia Muerte, um vale de cerca de 2 km de extensão onde se pratica sand-board nas dunas. É o local mais próximo de San Pedro para visitar – e não há ônibus. Siga pelo asfalto em direção a Calama. A 1 km da saída da cidade há uma placa indicando “Cordillera de Ia Sal”. Entre à direita na pista de terra que fica entre a rodovia e outra entrada a 900 desta. Já dentro do vale, você passa por uma pequena lagoa verde esmeralda. Mais à frente, a estrada sobe e aos poucos vai sendo coberta de areia – difícil para bicicletas. No topo o visual é o vale com a Cordilheira dos Andes ao fundo. Os tours que vão para o Valle de Ia Luna dão uma passada rápida pelo Valle de la Muerte mas não o cruzam por completo.

 

 

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Laguna Verde e o Sul da Bolívia

Cruzando os Andes e a fronteira boliviana, chega-se à Laguna Verde, do outro lado do Vulcão Licancabur. A Laguna tem águas verde-esmeralda e está localizada num vale belíssimo, rodeada de vulcões e montanhas nevadas. Não há ônibus regulares, mas as agências organizam passeios de um dia, com retorno a San Pedro, e também excursões de três dias Bolívia adentro, passando por lugares espetaculares, como a Laguna Colorada, o Desierto Siloli e o Salar de Uyuni, deixando o viajante na cidade de Uyuni. Com mais um dia você pode retomar ao ponto de partida, San Pedro.

 

 

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Chuquicarnata

É um povoado localizado no deserto, a 16 km de Calama. Chuquicamata, também conhecida por Chuqui, pelos locais, abriga a maior mina de cobre do mundo, conquistada pelo Chile após a vitória sobre a Bolívia na Guerra do Pacífico – um imenso buraco no solo, onde há quase cem anos, ingleses e americanos começaram a explorar as riquezas minerais. As visitas são gratuitas (embora lhe peçam uma contribuição voluntária) e oferecidas à tarde. Devido às condições muito ruins de moradia na área, Chuquicamata está para se transformar em uma cidade fantasma, visto que sua população, atualmente de 13 mil habitantes, será inteiramente transferida para Calama nos próximos anos, de acordo com decisão do governo chileno.

 

 

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Igreja de San Pedro de Atacama

Aberta diariamente e com entrada gratuita. Localizada em frente a Plaza de Armas, no seu lado oeste. Construída em adobe e pintada de branco, foi inaugurada no século 17 no local onde o padre Cristábal Diaz de los Santos rezou a primeira missa na cidade em 1557. Seu teto e as portas são em madeira de cactus cardón, os muros datam de 1745, e a torre do sino de 1890. Em 1957 foi declarado monumento nacional. Em fevereiro de 2001 a igreja foi invadida e vândalos queimaram sete imagens sacras, incluindo a de San Pedro.

 

 

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Museu Arqueológio Gustave Le Palge

Localizado a uma quadra a leste da Plaza de Armas, na C. Padre Gustave Le Paige, o museu, fundado pelo padre e arqueólogo belga Gustave Le Paige, em 1955, expõe uma completa coleção de objetos da cultura atacamenha e pré-colombiana, explicando a evolução dos povos que habitaram a região a partir de 11 mil anos atrás, o domínio inca e a colonização espanhola. Devido ao clima extremamente seco do deserto chileno, a preservação de corpos, incluindo a múmia de uma criança indígena e muitos crânios, assim como de objetos, foi muito boa, denominando San Pedro a “capital arqueológica’ do Chile.

 

 

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Casa Incaica

No lado leste da Plaza, esta casa de adobe é o lugar onde o conquistador Pedro de Valdivia ficou hospedado, enquanto realizava a campanha pela conquista do território do Atacama, contra os incas. É a construção mais antiga de San Pedro, datada de 1540, e, como hoje é propriedade privada, visitas não são permitidas.

 

 

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Vulcão Licancabur

Sempre mirando San Pedro está o vulcão Licancabur, um perfeito e majestoso cone nevado com 5.916m de altura, a oeste da cidade. Na cratera do vulcão, já extinto, há uma lagoa de águas esverdeadas. Em tempos pré colombianos, era um local de sacrifício de fetos de animais. Logo essa prática foi proibida pelos espanhóis, mas os povos continuaram a fazê-lo em suas comunidades. Nos primeiros dias de lua cheia, vê-lo surgir por trás da cordilheira é um espetáculo belíssimo, seja do Valle de Ia Luna ou da própria cidade de San Pedro. Para melhor observá-lo, a partir da cidade, siga até o campo de futebol, atrás do museu, dobre à esquerda e em seguida à direita, paralelamente ao cemitério, em direção oeste, seguindo a rua até que ela termine. Aviste uma cruz já fora da cidade, passe por ela e você terá um descampado sem iluminação, com o Licancabur à frente. As luzes que você observar descendo pela cordilheira são os carros cruzando a fronteira, vindo da Argentina. Para subir o vulcão, deve-se ir pelo lado boliviano.

 

 

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Reserva Nacional Los Flamencos

A Reserva, administrada pelo Conaf, é um Conjunto de sete setores diferentes espalhados ao redor do Salar de Atacama, mas não exatamente dentro dele. Criada em 1990, possui área total de 74 mil hectares e funciona como um parque nacional. Na Reserva não se pode acampar, não há acomodações nem alimentação. A melhor forma de explorar o local é baseando-se em San Pedro.

As atrações da Reserva Nacional los Flamencos são: Salar de Tara e Águas Calientes (Sector 1), próximo ao Paso de Jama; Salar de Pujs (Sector 2), Lagunas

 

 

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Salar de Atacama

Localizado ao sul de San Pedro, o Salar de Atacama é um extenso lago salgado que secou, deixando uma superfície de sal de 3.200 Km2, o maior depósito de sal do Chile. O Salar fica entre a Cordilheira dos Andes a oeste e a Cordilheira de Domeico, a leste, e para ir até lá, só com carro próprio ou em tours de operadoras. Com um detalhe: não é permitido rodar com veículos no lugar. O ponto de entrada e que permite uma exploração parcial do local é o que dá acesso à Laguna Chaxa, a mais ou menos 25 km do vilarejo de Toconao, vizinho a San Pedro, onde habitam flamingos de três espécies (Andina Chilena e a rara James).

Salar de Atacama, situado a 60 Km de San Pedro, é um extenso lago salgado de mais de 3.200 Km², onde é possível observar flamingos de 3 espécimes diferentes (Andino, Argentino e Chileno) que habitam o local.

 

 

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Salar de Talar

Este lugar é uma surpresa – talvez o mais inusitado e belo da região norte do Chile. Imagine uma montanha de enxofre de cores que vão do mostarda ao marrom em degrade, atingindo o puro cinza. A seus pés um raso lago de água azul-piscina que vai se estendendo até tornar-se puramente branco de sal. Às bordas deste lago majestoso, uma vegetação verde-claro que resiste ao frio e ao constante vento andino. Parece uma pintura à base de pastel a óleo. É para curtir e viajar nas cores, mudanças de tons e formas. Muitas vezes os tours que vão para as lagunas Miniiques e Miscanti também seguem para o Salar de Talar, que não é tão freqüentemente visitado, não estando sempre incluído nos passeios, mas é bem legal e vale à pena pedir para conhecer.

 

 

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Laguna Miniques e Laguna Miscanti

Estas duas lagoas irmãs são gigantescas poças azul marinho que se alongam ao pé da cordilheira. Emolduradas por uma extensa praia de areia amarelada, são separadas por uma pequena faixa de terra. A toda volta brotam ervas verdes no terreno suavemente ondulado. Ao fundo a cordilheira apresenta-se com inúmeros vulcões. As operadoras costumam fazer um percurso englobando o Salar de Atacama e/ou Salar de Talar e as lagunas por preços que variam de LIS$35 a LIS$55. Saídas por volta das 7h e retorno no fim da tarde, com café da manhã e almoço Incluídos. Viajando independente, para todo o percurso o tempo gasto é de pelo menos 6 horas de carro em estrada de terra.

Miscanti e Minhiques (Sector 3), próximo ao Paso de Sico; Laguna Chaxa (Sector 4), o único onde há um guarda-parque permanente e que faz parte do Salar do Atacama, entrada 1.500 pesos, crianças 500 pesos, funciona de outubro a abril das 8h30-20h30, mas de maio a setembro fecha mais cedo, às 18h30; Agua de Quellana (Sector 5), por enquanto sem estrada de acesso, a ser construída no futuro; Valle de Ia Luna (Sector 6), compreendendo os sítios arqueológicos de Tulor e de Coyo, que é administrado pela comunidade local; Bosque de Tambillo (Sector 7), cinturão de árvores de Tamarugos, logo ao norte de Toconao, florestadas ali na década de 60 por pesquisadores canadenses, o fruto das árvores é utilizado como alimento para os animais – bodes e burros.

O tour do dia foi para as Lagunas Altiplânicas (Miñiques e Miscanti)  e Salar de Atacama.

São duas lagoas gigantescas situadas a 110 Km de San Pedro a 4.300 metros de altitude ao pé da cordilheira aonde ao fundo vêm-se vulcões inativos. Local preservado, que nos proporcionaram belas fotos como postamos abaixo.

 

 

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Lagunas Cejar

Localizada a aproximadamente 25 Km,  é uma lagoa com grande concentração de sulfato de sódio, em que naturalmente você bóia (não afunda); logo em seguida passamos pelos “Ojos Del Salar” piscinas naturais que são formadas pelas águas subterrâneas oriundas da cordilheira. Diz o guia que à profundidade é de 1.500 metros.

 

 

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Laguna Tebinquinche

Dependendo da quantidade de água, pode apresentar uma superfície toda branca, do sulfato de sódio solidificado.

 

 

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Pukara de Quitor

Local da batalha que determinou a conquista espanhola sobre os índios atacamenhos, as ruínas desta fortaleza pré-incaica não estão muito bem preservadas, mas, ainda assim, pode-se imaginar a distribuição espacial das edificações. Pukara significa fortaleza, em cunza. O local fica no alto de um morro na Cordillera de Ia Sal, com bela vista do vale no qual a Pukara se localiza. De San Pedro dá pra ir caminhando ou de bike. Siga a Domingo Atienza em sentido norte. Cruze a estrada que segue a Calama e prossiga por um quilômetro.

 

 

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Toconao

É uma pequena vila a 40 km ao sul de San Pedro, possivelmente com menos de mil habitantes. O povoado abriga algumas lojinhas de artesãos e uma mina de liparita, uma pedra vulcânica branca, usada para construção. Outra pedra vulcânica, a calisa, é usada pelos artesãos para esculpir pequenos objetos. A simpática praça central, onde as crianças brincam à tarde, possui uma bela torre branca datada de 1700.

vilarejo de Toconao, local onde estão localizados os petroglifos (símbolos gravados nas pedras) e cavernas da época em que a região era dominada pelos Incas. Almoço típico incluído no povoado de Socaire.

 

 

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Quebrada de Jerez

É um cânion fértil que rasga o deserto com paredes de mais de 20m de altura. Ao longo de um pequeno rio, você encontra um curioso oásis onde são plantadas diversas frutas, como uva, pêra, romã e o membrifio (parecida com a pêra e a maçã, mas um pouco mais ácida). Você pode passear por esses pomares e curtir o agradável barulho de água corrente, que em nada lembram estar no meio do deserto.

 

 

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El Tatio

Enfrentar o frio intenso e o sono da madrugada; é assim que começa o passeio aos gêiseres de El Tatio, localizados a 95 km ao norte de San Pedro de Atacama. A 4.300m de altitude, o frio no local pode atingir os WC negativos, momentos antes da alvorada, mas depois, com o sol, a temperatura sobe muito, podendo-se até ficar de camiseta. Devesse chegar antes das 7h da manhã, hora em que os gêiseres estão ativos. Depois, sua atividade vai diminuindo, até cessar por completo, em torno das 10 h. 0 visual é de fim de mundo. Ao caminhar pelo solo de lava vulcânica, você poderá ver jorros de fumaça quente brotando dos gêiseres no chão. São dezenas destes gêiseres de várias intensidades e formatos. À medida que o sol vai nascendo por trás da cadeia de montanhas, o brilho da fumaça muda, e as contraluzes tornam a visão ainda mais espetacular. Logo ao lado dos gêiseres do El Tatio estão pequenas piscinas naturais de água transparente e esverdeada. Toda a área em volta dos gêiseres é muito bela. No caminho de volta passa-se por longos trechos de terra dourada e avermelhada, onde não raro vicunhas estão presentes.

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CALAMA

http://www.municipalidadcalama.cl/

Atravessamos a Cordilheira do Sal e margeamos o Vale de la Luna, subindo morro acima. É impressionante a variedade de cenários que nossos olhos estão vendo. Passamos pela belíssima Calama (maior cidade do Atacama, onde vivem trabalhadores das minas de cobre) e pelas ruínas de Pampa Unión, uma cidade toda construída em argila. Coisas que só existem no meio do deserto.

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ANTOFAGASTA

http://www.chile-travel.com/antofaga.htm

Antofagasta fica espremida entre a cordilheira o mar. A cidade é muito bem cuidada e limpa. A orla marítima tem jardins, parques, calçadões, restaurantes e hotéis.

Antofagasta, centro regional de perto de 200 mil habitantes, é uma importante cidade portuária do Pacífico. De seu passado, com forte presença dos ingleses na Guerra do Pacífico, final do século XIX, conservou poucos casarões de madeira, mantendo traços de nobreza, com varandas e bay windows. Como marco, a Torre del Reloj, na praça Colón, construída com blocos esmaltados vindos da Inglaterra e cujo carrilhão imita o do Big Ben.
Frente à praça, a catedral e o moderno Teatro Municipal, e a poucas quadras, o Museo Regional, que funciona no prédio da antiga aduana, e que, além do acervo variado, impressiona pela arquitetura da construção. Outro marco é uma enorme âncora branca desenhada no ponto mais alto da encosta desértica, vigiando a cidade. Alinhada na orla, a cidade expandiu sua parte pobre para essas encostas, até onde as vertentes permitem. E sua área nobre foi erguendo prédios modernos ao longo da avenida Costanera ou Paseo del Mar, que acompanha a costa por 20 km na direção sul da cidade.

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LA MANO DEL DESIERTO

Esse era o destino, o ponto final da nossa viagem: o monumento da Mão do Deserto, obra do artista Mário Irarrázabal em homenagem aos viajantes da Carretera Panamericana, localizado a 75 km de Antofagasta – sentido Santiago -, exatamente no km 1310 da Ruta 5.

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6 Resultados

  1. Joaquim Amaral de Souza disse:

    Olá Fábio,

    Fiz esse roteiro por duas vezes e realmente é muito bom. Em nov 2010 cruzamos o Atacama com destino até Machu Pichu e retornamos pelo Acre.
    Moro em Joinville – SC e estarei acompanhando sua aventura.
    PS. Passo de Jama agora tem posto de combustivel e hotel, inclusive com garrafa de oxigênio para os clientes que necessitarem.

    Abraços e boa viagem
    Joca

  2. Olá Fabio e Celso,

    Em Novembro fizemos boa parte desse trecho que vc esta indo fazer … maravilhoso, confira as fotos da Expedição Azul e Branco no nosso site ….

    Vi os comentarios sobre Purmamarca acima e tambem recomendo, vale muito a pena dormir la (lugar Fantastico onde tive um Dijavu – Visão do futuro proximo, gravei isso em minha camera) incrivel como esse lugar eh mistico ! vc ira gostar muito ! Sobre o mal da montanha, vcs podem tomar o cha de coca que eh comum ter em todos hoteis … ele da adrenalina e recomendamos, eu estava em uma camionete de apoio e nao tomei uma das vezes que cheguei a 4700m e passei um sono danado … recomendo tambem…

    Cuesta de Lipán e fenomenal ! existe uma rota que liga Salta passando por El Carmen ( uma via pequena cortada no meio, parece uma mini estrada para motos com milhares de curvas, inacreditavel, se nao me falha a memoria eh a rota 9) fizemos ela ….

    Estaremos acompanhando vcs … belissimo roteiro !

    FOX – ADV rider
    Evandro Dalben
    http://www.pisteiros.com.br

  3. Celso Pereira disse:

    Conversando nessa terça-feira com o meu amigo Élcio (do clube), que já foi 2 vezes para o Atacama, inclusive chegando até à Bolívia, ele acha prudente dormirmos mais uma noite em Purmamarca por dois motivos:

    1- o passeio começa ali, e não em Salta. Há coisas belíssimas para conhecermos naquela localidade;
    2- mas o principal motivo é para uma melhor adequação à altitude. Nesta travessia de Paso Jama vamos passar de 2000m para 4000m, e a chance de nos sentirmos mal, por não estarmos acostumados com a altitude, é grande. Os sintomas são tontura, dor de cabeça, enjôo (como num navio) e sonolência. Pilotarmos as motos com enxaqueca e tontura não seria das maiores diversões. Uma noite a mais, além da possibilidade de fazermos os passeios locais, seria suficiente para enfrentarmos a travessia sem maiores problemas.

  4. Celso Pereira disse:

    Trem das nuvens em Salta. É uma linha de trem que, originalmente, cruzava a cordilheira indo de Salta até Antofagasta na costa chilena. O trem parou de circular há uns 10 anos devido a um acidente. Hoje em dia a linha foi parcialmente restaurada e há um trem turístico todos os sábados que vai de Salta até o viaducto La Polvorilla, pouco depois de San Antonio de los Cobres. Nós não fizemos esse passeio, mas as pessoas que o fizeram acharam sensacional. Assim, já tem um bom programa para as “garupas” fazerem no sábado.
    Entrem no site da cidade de Salta que deve haver mais informações sobre o Trem de las Nubes, assim como uma maneira de reservar lugares.
    Abraços

  5. Paulo Salim disse:

    Fiz o ponto inicial na saida da Ruta 16 e o final depois de Jujuy.A estrada depois de Quimili é muito esquisita, mas não oferece perigo.Eu dormi em Tucuman ( boa cidade, hotel 5 estrelas barato, ótima comida) ,depois no outro dia eu subi em direção a Tafi del Valle. Esse foi um trecho da viagem foi singular. A subida para Tafi é muito linda ( tem umas cachoeiras no caminho para banhar) depois chega a 3200 mts e desce para Cafayate . Cafayate é muito legal, cidade vinícola pequena , bem pitoresca.O caminho de Cafayate a Salta é tb muito bonito. Depois vc pode pegar a La Cornisa até Jujuy. Posso dizer que esse trecho, tirando o Atacama, foi o que realmente impressionou. Se vcs fizerem esse trecho e depois voltarem pelo chaco, vão sentir a diferença.Blog: http://atacama2010.zip.net

    Abs

    Paulo

  6. Mauricio Fernandes disse:

    Caro Fabio,
    No momento estou focado somente em viagens privadas para grupo fechados e amigos.
    Caso tenha um grupo de pequeno de amigos e queira viajar com conforto pelo mundo de BMW posso montar para voce. Tenho varias opções de roteiros na Europa, América do Sul e América do Norte.

    Abraços,

    Mauricio Fernandes
    Premium Adventures
    premiumadventures@gmail.com

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