Adrenalina em Interlagos
Sempre amei a velocidade! No asfalto, preferencialmente de moto!
Quando vi o nome “motoschool”, a primeira coisa que me ocorreu foi moto-escola e aí pensei: bom, já tenho carta! Pesquisei um pouco mais, vi que o curso era todo em Interlagos, gostei do site e lá fui.
As recomendações nos 10 primeiros minutos de aula foram bem meigas:
– Não se assuste quando passarmos por vocês a quase 300 km/h do seu lado! Não tentem copiar nestas primeiras voltas.
– Na subida dos boxes, cuidado com o muro: machuca bastante!
– Freio traseiro só serve para empinar a moto, mais nada!
– Quando você vai fazer a curva para a esquerda, a pressão no guidão é para que lado? – Para a direita jumento!
– Aqui é seguro, mas todos estão conscientes: se morrer, morreu! A pista tem um ótimo corpo médico e as ambulâncias irão buscar. Só respeite as bandeiras e não tente socorrer ninguém!
– Vocês são trinta pessoas. Uns seis devem cair ainda na parte da manhã. Não tem problema, levante e continue!
Bom, depois disso, achei que ia ser do cacete! Antes pensava que eu precisaria andar a 80 por hora, atrás dos instrutores.
Como eu estava com uma CB 500 de competição e as marchas são invertidas (tudo para baixo), micos foram devidamente pagos após o S Senna, mas tudo ficou lindo após a curva do sol. Pau na reta oposta! A primeira subida do lago ainda fiz a curva “meio em pé”, daí vem o mergulho, a ferradura, o pinheirinho, o bico de pato, a junção, a subida dos boxes (PQP o muro!) e as arquibancadas! Na noite do primeiro dia eu sonhava com essa seqüência!
E realmente, quem avisa amigo é. Nas primeiras vezes que o Bruno Corano passou ao meu lado em frente às arquibancadas, deu um cagaç… daqueles. Você não supõe que alguém vá passá-lo quando está a 230 km/h. O cara passa a 300 a trinta centímetros de você!
Ainda vou fazer como o meu amigo Luis Paulo, que encontrei lá e nem sabia que ele gostava de moto. Comprar uma moto “em condomínio” e correr lá uma ou duas vezes por mês.
Veja as fotos: