Viagem: Florida to Nowhere

Sete motos. Sete colegas de trabalho, entre estes, alguns amigos.  Idade média de uns 36 anos, índice que baixou para uns 25 ao longo da viagem.

Cinco Harley Davidsons e duas Gold Wings.

Após uma convenção em Miami, saímos para uma viagem sem rumo e sem destino por 12 dias. Só sabíamos isto … a volta teria que ser em 12 dias.

A outra regra, é que seriam somente três cervejas em cada parada. O problema, é que para alguns, a próxima parada era ali, logo após uns 100 km.

No dia da partida onde alugamos as motos …

Sete malucos sentam em suas motos.  Todos animadíssimos, com capacete e óculos de sol (capacetes abertos, sem luvas, sem jaquetas, sem botas, sem nada que o bom senso obriga alguém responsável a fazer).  Ali começou …

– Para onde ?

Ninguém tinha noção.  Ninguém havia combinado absolutamente nada.

Foi quando ouvimos a frase que seria dita em toda a viagem:

– Para lá, um disse !!!

Ok, e assim os dias se sucederam.  Houve um dia que tive a sensação de estar chegando ao mesmo lugar de onde partimos naquela manhã.  Eis que era a mesma cidade. Andamos uns 400 quilômetros em círculo !  A cada dia, um ficava responsável por indicar a direção, o rumo: bastava dizer: é para lá …

Até hoje não sei exatamente por onde viajamos, mas guardei algumas coisas: Miami, Boca Raton, Cabo Canaveral, Daytona, St. Augustine, Jacksonville,Tampa,Captiva Island e Naples.  Mas sinceramente, não tenho muito certeza disto. Ninguém tinha mapa, ninguém tinha objetivo.

O compromisso era estar entre amigos, curtir, dar risada e acima de tudo, andar de moto.

Combinamos de não tomar banho e não fazer a barba.  Mas é certo que após dois dias, ninguém agüentou, exceto em relação às barbas.

Dois não agüentaram até o final da viagem e fugiram !  Sim, fugiram.  Quando acordamos já tinham sorrateiramente partido.

Por isto este post foi batizado de Florida to Nowhere … ou seja, para lugar nenhum. Coisa que muitas vezes desejamos, mas raramente pelas obrigações da vida, conseguimos fazer.

Aliás, “nowhere” quase foi o lugar que eu fui quando cheguei em casa novamente.  Minha filha tinha nascido há pouco tempo e minha mulher não havia aprovado de forma alguma a viagem. Quase PT, mas uma sensação incrível de ter feito uma coisa que 9 em cada 10 homens tem vontade de fazer.

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